Nossa proposta é tirar a poeira de nossas Bíblias que por vezes ficam esquecidas em um canto da estante, ou como “amuleto” aberta em capítulo específico pegando poeira num pedestal, ou ainda sendo aberta somente aos domingos durante o culto. Almejamos através da pesquisa dos conteúdos milenares desse livro ajudar a transformar nossas vidas em vida de verdade, retirando-a do pedestal do homem para nos colocar aos pés do Senhor, nutrindo-nos do amor de Deus.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Região em Atos 9: 1-22 - Parte III


Continuamos nosso estudo no livro de Atos, mais precisamente na perícope que narra conversão do apóstolo Paulo. Neste tópico veremos como se delineava a geografia da época.


A região nos tempos de Paulo – Continuando o estudo em Atos 9: 1-22


O império romano sucedeu os selêucidas no papel de grande potência regional, concedendo ao rei Hasmoneus Hircano II autoridade limitada, sob o controle do governador romano sediado em Damasco[1]. Após uma última tentativa de retomada do poder por parte de Matatias Antígono, o governo dos Hasmoneus (40 AEC) foi finalmente deposto e Israel tornou-se província de Roma.
Em 37 AEC Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado pelos romanos, rei da Judéia, sendo concedida ao mesmo, autonomia quase que ilimitada sobre os assuntos internos do país, tornando-se um dos mais poderosos monarcas da região oriental do Império Romano.
Dez anos após sua morte (4.AEC) a Judéia caiu sobre administração direta romana e César Augusto dividiu o reino entre os filhos do antigo rei.
Na perícope aqui estudada, a Palestina estava dividida entre os herdeiros de Herodes, como mostra a tabela 1.


 Tabela 1 – Dinastia Herodiana

              
Podemos situar o ambiente histórico-geográfico como greco-romano sob a cultura helenística[2] adotada por Roma e repassada aos dominados. O império romano de então era muito extenso, totalizando os povos dominados aproximadamente uns 50 milhões de habitantes. Como se observa no Mapa 1[3].
Devemos notar também como era a Palestina no referido período. Como explicita o Mapa 2.


Mapa 1 – Domínio Romano  (63 AEC – 135 EC)



       

Mapa 2 – Palestina




Através da observação dos mapas podemos notar que o território da Palestina possuía extensão mediana (cerca de 34 mil quilômetros), dividindo-se em pequenas áreas: ao noroeste as cidades da Judéia, Samaria e Galiléia; ao norte Ituréia; ao sul Induméia e ao leste Traconidete.
Todo território era banhado pelo mar Mediterrâneo no extremo oeste; ao leste estava o rio Jordão que desembocava no Mar Morto (ao Sul). Toda a Palestina era entrecortada por montanhas e montes com 600 m de altura, dos quais os mais altos encontravam-se na Galiléia e em Hermon.
O solo também possuía características peculiares, pois alguns lugares eram completamente áridos, somente sendo possível a pecuária com a criação de carneiros, enquanto que outras regiões possuíam solo fértil possibilitando assim o plantio de várias espécies de plantas.
É nessa pluralidade de características geográficas: vales, montanhas, desertos, depressões e áreas férteis que se ambienta a Palestina aqui estudada.







[1] Por isso Saulo de Tarso dirige-se para Damasco a fim de pedir carta ao Sumo Sacerdote com o propósito de prender os seguidos de Cristo. Esta era uma cidade de grande importância política em 34 EC.

[2] O helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi neste período que as ciências particulares têm seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.
[3]Os mapas estão ambientados no tempo de Jesus. Entretanto, como a morte do messias se deu em 30 EC e a conversão de Paulo em 34 EC, sendo dessa forma datas muito próximas tomamos por liberdade utilizar tais mapas para ilustrar a geografia da época.

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